Por Helder Sátiro / Jeferson Kim
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O peso de uma coroa que parece ter vindo para ficar.
Visto a evolução e novidades que nos norteiam a cada ano quando o assunto é carnaval, hoje aonde brilham majoritariamente o poder feminino, que desfilam sua beleza, sensualidade, carisma e presença marcante que atraem olhares é atenções dos foliões e do público em geral, parece estar ganhando companhia. Rainhas e Princesas sejam representando suas escolas ou suas respectivas baterias, agora tem na figura masculina um Rei.
Se engana quem pensa que essa moda é nova, talvez tenha ganhado força e notoriedade a medida que ao invés de um aqui e outro lá aparecessem vez por outra nomeados em algum carnaval pouco lembrados, ou pouco e passageiramente exaltados, passassem a uma explosão dos mais recém chegados a corte da festa profana.
Em São Paulo durante anos há de se lembrar e enaltecer o querido Daniel Manzoni , já no carnaval carioca já tivemos de Carlinhos Brown, Jerônimo Patrocínio a Zé Reynaldo e David Brasil. Pois bem para 2022 não faltou confete e serpentina, nem coroa e samba no pé dos então entitulados Reis a frente de suas baterias ou escolas. Porém vale ressaltar que a palavra Rei difere de Rainha, e independentemente é preciso manter a tradição do bom e belo samba de malandro seguindo o exemplo do dono da festa , o nosso Rei Momo, no caso atualmente na figura do querido sambista e soberano Wilson Neto, mas que já teve sua representatividade com o campeonissino Alex de Oliveira e outros tantos.
Mas se engana quem pensa que o cargo na versão masculina exige menos comprometimento do que quando falado em Rainhas, pois seus Reis devem ser assíduos, participativos, compromissados e honrarem seu reinado na defesa da bandeira de suas escolas ou agremiações. Dito isso venho destacar dois bons exemplos do que deve e do que não se deve fazer.
O primeiro exemplo vem da União do Parque Curicica que decretou acertadamente para o cargo o então conhecido e apaixonado pela agremiação Paulo Alves “o Paulinho” que agora empresta a sua imagem e samba, junto ao carisma e a alegria em ser o Rei da tricolor de Curicica.
E o segundo vem do Alegria da Zona Sul, que diante da tendência tentou mas não emplacou, dando a mesma responsabilidade da representatividade na coroa e no cargo de Rei de Bateria para o então paulista Lukas Huan , só que este por sua vez não cumpriu com o seu tratado para o reinado e foi devidamente destronado antes mesmo de chegar a avenida deixando brilhar apenas a Rainha Escarlet Christina e a Princesa Julia Albuquerque , que seguem soberanas a frente de seus ritmistas.
Então por mais que o espaço para os homens sambistas tenha sido aberto em seu lugar ao sol e diante do trono, antes é preciso respeito pelo seu pavilhão, manter a tradição até mesmo quando está é renovada , fazendo da sua participação um agregar da imagem, do talento, e do comprometimento. Dito isso parabéns a todos os Reis em suas respectivas agremiações recém coroados, nomeados e que vem para abrilhantar e agregar o reinado de suas então majestosas Rainhas e Princesas.
Salve a corte do Samba! Salve o tradicional e o moderno! , e um salve,salve ao nosso carnaval. E que venham novos Reis para deleite e admiração de seus súditos e súditas que no calor da folia aguardam ansiosamente por uma realeza que os represente e identifiquem suas poderosas orquestras e Mestres de Bateria, somando ainda mais encanto a esse trabalho de todo um ano, um carnaval dos carnavais.

By Jeferson Kim

Jeferson Kim ator/repórter iniciou sua carreira em São Paulo participando em seriados do Sbt e Record e Globo, atua como repórter e colunista de sites jornalísticos e tv, apresenta o programa Konectados com kim.

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