O segundo dia de desfile da Série Bronze começou durante uma forte chuva que paralisou todo o Rio de Janeiro, mas que não tirou a garra das escolas para realizarem seus desfiles.
Sobre o desfile, entrevistamos um Gari, para saber um pouco do que ele estava achando do Carnaval na Nova Intendente:
Olha, a prefeitura do Rio de Janeiro, em conjunto com a Subprefeitura do Méier, tá proporcionando um Carnaval maravilhoso, quem ficou em casa tá perdendo.
destacou o funcionário da limpeza pública, que fizeram um trabalho impecável na Nova Intendente
Concentra Imperial
A vermelho, dourado e branco começou o desfile sem chuva, mas minutos depois de o desfile ter começado a forte chuva caiu. Sem desanimar, a escola fez todo seu desfile de baixo da chuva que veio com um forte vento sem desanimar. Todas os componentes cantaram com força o samba-enredo da escola e mostraram que chuva não desanimaria o desfile da escola.
A escola trouxe o enredo Çace-Tyba, produzido pelo carnavalesco (in memóia) Galileu Santos. O enredo é o nome que os índios tamoios deram a localidade ao notarem que havia muito sapê na região, sua tradução significa Sítio dos Sapês. A palavra tupi foi aportuguesada pelos jesuíta e se tornou Sepetiba, como é hoje conhecida a região da escola.
A escola veio com Carolina Ferreira e Wallace Pessoa como primeiro casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, além da Rainha de Bateria Monique Favacho comandada pelo Mestre Vinícius Ramos.
A Comissão de Frente foi coreografada por Carlos Motta que veio alegre e com sincronismo mesmo debaixo de chuva.
O destaque da noite para a escola, além de um belo desfile, mesmo que mais simplório ao se comparar com a noite anterior, foi a garra da escola. O sorriso no rosto de todos os componentes cantando a música durante todo o desfile mesmo com a forte chuva caindo sobre eles, mostrou a força e amor que os componentes possuem por sua escola.
Alas e fantasias ficaram prejudicas pelo forte vento e chuva que caíra, mas a escola levou com excelência o enredo para dentro da avenida da Nova Intendente.
Confira imagens do desfile:
Confira o samba-enredo da escola:
Difícil é o nome
Após aproximadamente 35 minutos de espera para que a chuva baixasse, a limpeza da avenida fosse feita e a escola conseguisse se organizar. A escola de Pilares entrou na avenida com samba-enredo que animou o público que estava começando a chegar na Nova Intendente com a chuva já fraca.
Com o enredo “A escrava Anastácia”, produzido pelos carnavalescos Affonso Valentim e Luis Cavalcante, a escola veio com o intuito de contar a história de Anastácia, mulher católica, que muito rezava e defendia sua pureza e virgindade. Considerada como Santa Popular não só no Brasil, como também em regiões da África, foi escravizada de ascendência africana que era retratada como uma mulher muito bonita e de olhos azuis.
Sua imagem é muito conhecida popularmente, pois por ser muito bonita e de uma rara beleza, ela chamava atenção de qualquer homem. Por querer se manter virgem, Anastácia, apanhava muito pelo seu senhor, que também a desejava. Assim, foi também sentenciada a usar uma máscara de ferro por toda a vida, só tirava nos momentos de refeições.
Por ser muito espancada, Anastácia viveu pouco e sofreu verdadeiros martírios. Foi curandeira, ajudava os doentes, e com suas mãos, fazia verdadeiros milagres.
É com esse enredo, que o coreógrafo Alexandre Medeiros, trouxe sua Comissão de Frente, ponto alto do desfile. A ala muito bem coreografada contava a vida da escrava pelas mãos do seu senhor. Com a representação da escrava com a máscara de ferro sendo espancada pelo seu dono aos olhos dos outros escravos, ao fim, perdoou à quem a machucou e virou santa. A coreografia com rica nos detalhes em contar a história da escrava de forma tão delicada e ao mesmo tempo forte.
Abrindo o desfile com uma Comissão de Frente impactante, a escola teve problemas. Provavelmente por conta das chuvas, o primeiro carro alegórico veio faltando componentes. Além disso, os adereços faltavam em algumas fantasias. O ponto que, talvez, mais prejudicou a escola, foi o casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Victor Santos e Vanessa Vasconcelos, que entraram por último no desfile, a frente apenas da bateria, quando a posição original e certa do casal é atrás da Comissão de Frente.
Outros dois pontos foram forte da escola, além da belíssima Comissão de Frente. A ala das baianas, que veio bem bonita e preenchida de componentes, o que destoou das demais alas e o forte samba-enredo que fez jus a história de Anastácia.
Confira imagens do desfile:
Confira o samba-enredo da escola:
Flamanguaça
Escola que marcou presença na avenida com uma torcida enorme gritando pelas arquibancadas, a Flamanguaça foi a terceira escola a desfilar na Nova Intendente.
Com o enredo “Os Orixás te recebem em festa – rogai por nós São Judas Tadeu” a cargo do carnavalesco Amarildo de Mello, trouxe a história do padroeiro do Clube de Regatas Flamengo.
Em 1950, o Flamengo amargava quase uma década sem títulos. Foi quando um pároco da Igreja de São Judas Tadeu , em Cosme Velho, foi até a Gávea celebrar uma missa junto ao time, com a ideia de espantar a urucubaca. Coincidência ou não, deu certo: o Flamengo foi tricampeão carioca consecutivo, levantando a taça em 1953, 1954 e 1955.
O primeiro casal de Mestre-Sala e Porta Bandeira, Kauã Simpatia e Kamille Macedo, fizeram um linde desfile com muita conexão e sincronismo pela avenida. A rainha de bateria, Vivian Suarez teve muito samba no pé durante todo o desfile e junto da bateria, comandada pelo Mestre Marfim, agitou o público, principalmente a torcida rubro-negra.
Um destaque da escola foi a riqueza das alegorias e fantasias das alas. A quantidade de componentes também chamou atenção, principalmente vindo depois de duas escolas que vieram menores. Todos os componentes cantavam o samba-enredo com força agraciando à São Judas Tadeu.
Ao perguntar sobre a escola e como está sendo o carnaval na Nova Intendente, o público, todo mundo diz:
Maravilhoso. Espetacular. Aqui, nesse momento, a Flamanguaça, que arrebentou. A comunidade de Campinho abraçou o carnaval. Campinho adorou o carnaval. Tudo é maravilhoso.
destacam várias pessoas que estavam nas arquibancadas
O último carro da escola teve problemas durante a entrada e acabou ocasionando um buraco na avenida, o que pode acabar prejudicando a pontuação final da escola no da da apuração.
Confira imagens do desfile:
Confira o samba-enredo da escola:
Boi da Ilha do Governador
Quarta escola a entrar na avenida, Boi da Ilha veio com o enredo “Eu tenho um segredo! O olhar é a chave do meu mundo”, criado pelos carnavalescos Hernanie Siqueira e Wanderson Santos.
A escola trouxe na avenida um assunto muito importante, o TEA (Transtorno do Espectro Autista), mais conhecido como autismo. Mais de 2 milhões de pessoas no mundo tem o espectro do autismo identificado, segundo estudos.
A escolha da Ilha do Governador, trouxe para a avenida de Campinho, as visões das pessoas autistas para o mundo e levantar a questão da inclusão dos mesmos aos mais diversos setores da sociedade.
A Comissão de Frente, com coreografia feita por Carla Soares e Wania Magalhães, abriu o desfile no mundo lúdico das crianças que possuem autismo. Com muita alegria e sincronismo, a escola trouxe o colorido e a felicidade de crianças que merecem ser tratadas de forma igualitária.
O primeiro casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira foi Paulo Henrique e Cassiane. A Rainha de Bateria foi Janaína Portilho, que mostrou muito samba no pé. Mestre Mauricio Santos, comandou a bateria.
O destaque da escola não foi só o assunto tão importante que foi levado na avenida, mas a forma de retratá-lo de forma tão brilhante e inclusiva no samba-enredo.
As alas, mesmo que pequenas, vieram bem coloridas e com muita alegria pela avenida.
Confira imagens do desfile:
Confira o samba-enredo da escola:
Unidos do Cabral
A escola de Cachambi foi a quinta a desfilar no último dia de desfile da Série Ouro. Com o enredo “Doçura, Firmeza e Bravura. 70 anos de um Cabral cheio de histórias para contar”, criado pelo carnavalesco Leonardo Soares.
O enredo conta a história da escola, que fez no momento em que estava desfilando, 22 de fevereiro de 2023, 70 anos. Com isso, a escola escolheu contar sua história na avenida, seus 70 anos de vida e construção. Com o símbolo da caravela em sua bandeira, a caravela da Unidos do Cabral zarpou a avenida, levando toda a sua tripulação a navegar pelos mares da história da Agremiação, seus personagens e enredos. Ao longo de desfile, a escola homenageou figuras importantes para a história da agremiação desde sua criação.
O intuito principal da escola, era levar a história da escola através de uma grande viagem pelo mar.
A Comissão de Frente veio homenageando seu septuagésimo aniversário, com os dançarinos vestidos de uma fantasia com asas que ao se abrirem, mostrava o grande número 70 nas asas e atrás um relógio preso, que representava o tempo que se passou.
Izabela e Fabian, foram o primeiro casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira e por toda a avenida, mostraram muito sincronismo. A rainha de bateria foi Marianne, comandada pelo Mestre Clewbinho.
A escola veio com alas bem diferentes no quesito animação, as primeiras se mostravam bem desanimadas e não cantando o samba-enredo, diferentemente das últimas, que vieram cantando com garra e força. Um dos carros representava a caravela da escola. “Avante Cabral”, gritava o intérprete Henrique Oriente no samba-enredo. Cada ala representava uma parte da história da escola.
Confira imagens do desfile:
Confira o samba-enredo da escola:
Jardim Bangu
Sexta escola a desfilar, Jardim Bangu trouxe o enredo “Sou Dandara, sou dos Palmares, sou da Acadêmicos do Jardim Bangu. A Força da Mulher negra na luta pela liberdade.”, criada pela carnavalesco Luana Rios.
A escola veio com a história de Dandara, lutadora quilombola na época do Brasil Escravagista. Foi uma das principais representantes dos movimentos de resistência e luta pela abolição da escravatura. É contato, que Dandara viveu em Palmares, Pernambuco, desde pequena, colaborando ativamente para a construção política e social do quilombo, o mais famoso ponto de resistência da época.
“Dandara vive em cada um de nós que luta por liberdade e por uma vida mais justa e digna” justifica o enredo da escola.
Durante o desfile, a Acadêmicos de Jardim Bangu trouxe a história da exímia capoeirista e também dona de casa. Mulher negra, que não era vista por conta do machismo e racismo, operava armas com exatidão e foi uma das maiores estrategistas na defesa de seu povo e de seu lugar. Além de seu próprio povo, Dandara protegia os brancos pobres e índigenas.
Vamos tocar hoje alegre e feliz. Pena que a chuva estragou um pouco, né, a expectativa era que estivesse mais cheio, mas até agora tá tudo bonito, transcorrendo normalmente, com segurança, alegre, todo mundo respeitando todo mundo, tá legal.
diz integrante da Jardim Bangu
A Comissão de Frente, coreografada por Leonardo Torres e Daniel Farrão, vem com Dandara, a personagem principal, junto de uma coreografia que mostrou força, luta e resistência.
O primeiro casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira da escola foi Pedro Porto e Pietra Brum. A Porta-Bandeira revela que na avenida, eles irão apresentar muita garra e força, pois é o que a Jardim Bangu quer representar e mostrar para o público e jurados.
Nós pretendemos emocionar não só nossa comunidade, mas todo o público presente que esperou até agora o Jardim Bangu. A gente vem pelo título.
destaca Pedro Porto
A rainha de bateria foi Dani Sant’anna a comando do Mestre Rodrigo Dias. A Rainha contou um pouco sobre o que estava sentindo antes de entrar na Nova Intendente:
É uma ansiedade, um nervosismo, muito por causa do tempo, é um trabalho que a gente faz, se dedica muitos meses, então é uma responsabilidade, vir na frente de uma bateria é uma responsabilidade muito grande, então não tem nada de “tô tranquila” não, é a semana sem dormir. […] É o ano inteiro comendo moderadamente, quando começa o ano eu paro de comer açúcar, não como nada de açúcar, e aí você começa a ensaiar, essa dieta do corte de açúcar com os ensaios eu consigo ficar bem. […] A gente samba do mesmo jeito, o Jardim Bangu mora no meu coração, é a caçulinha, a gente vem com força, o carnaval da Intendente é a Nova Intendente, tá lindo, tá maravilhoso, a escola vem pra tentar o título, vem com raça, vem com garra, o Carnaval da Intendente é o carnaval onde existe muita raça, muito amor, todas as escolas merecem, é muito trabalho, trabalho com dificuldade, então boa sorte pra todo mundo, que cada Rainha que entre aqui tenha seu momento e brilhe individualmente, porque o nosso trabalho, a nossa dança, é única, cada uma faz o seu, o seu estilo, e a festa é de todo mundo, é do povo, o Carnaval é do povo.
enfatiza a Dani Santana
Vamos aprontar aqui um bom desfile, pra todo mundo curtir demais o Acadêmicos do Jardim Bangu. Se chover, vai animar mais ainda.
revela o integrante da bateria
A escola veio pequena mas com alas bem preenchidas e coloridas. O primeiro carro veio sem ninguém em cima, onde havia nitidamente uma posição que era para estar alguém.
O ponto forte da escola foi o samba-enredo, potente e fácil de cantar, o grito “Dandara, Dandara ê” ficou na cabeça do público.
Confira imagens do desfile:
Confira o samba-enredo da escola:
Império Ricardense
Sétima escola a desfilar, a Império Ricardense trouxe na segunda noite de desfile da Série Bronze o enredo “Kianga. O eterno pôr do sol”, criada pelos carnavalescos estreantes na Império, Felipe Santos e Fernando Soal.
A escola retorna com enredo sobre o universo afro-brasileiro, com um olhar diferente, voltado para o bairro de Ricardo de Albuquerque.
Por conta dos 110 anos do bairro, a escola revisitou suas raízes e com o registro histórico da presença de Lavadeiras na antiga localidade do Boaçu, que foram inspiração para falar sobre a herança africana na região.
a gente vai aprontar um pouquinho para falar da mamãe do ouro, a nossa Mamãe Oxum. Vamos fazer um desfile simples, mas espetacular para encantar todo mundo. […] Fica uma expectativa incrível para a gente passar e apresentar o trabalho do mestre Sapão, que é o primeiro ano dele. Mas que seja tudo perfeito, que corra tudo tranquilo e que a gente anime todo mundo. Ninguém é de açúcar, vai dar todo mundo o nome igual.
revela a ritmista da escola, Letícia
A Comissão de Frente da escola, teve como coreógrafo Vinny Santos e apresentou uma coreografia simples mas com muita animação dos componentes.
O primeiro casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Ruan Vitor e Patrícia Santos chegaram atrasados, e quando a escola já estava na primeira parte do desfile, eles passaram as alas das baianas para conseguir se apresentar no local correto. Algo que, provavelmente, a primeira cabine de jurados viu. No resto do desfile, o casal se apresentou com muito sincronismo e harmonia.
A Rainha de bateria foi Wanessa Bernado, a comando dos Mestres Bolinha e Marcinho.
Eu tô confiante, pena que a chuva nos atrapalhou, porque muitos componentes não tiveram tempo de chegar, mas vamos com garra e determinação. […] Olha, eu não faço nem academia, só jogo futebol, e tô me preparando o ano todo fazendo corrida, ensaios, então assim eu vou mantendo meu corpo.
revela a Rainha
É um enredo afro e a gente vai vir com duas bossas bem tranquilas, bem legal, e aí vai ter uma surpresinha ali no meio da avenida. […] Sou cozinheiro, e por sinal fui campeão do MasterChef 2019 e tô hoje na frente da bateria. Se chover, vamos com tudo também. A água é o melhor tempero que tem.
diz confiante o Mestre de Bateria.
O destaque da escola foi o último carro alegórico da escola, que veio rico nos detalhes e acessórios com um acabamento muito bonito, retratando a ancestralidade africana do bairro em todos os detalhes.
Confira imagens do desfile:
Confira o samba-enredo da escola:
Unidos de Villa Rica
A agremiação de Copacabana, localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro, apresentou na avenida o enredo “Ouro Negro”, produzido pelo carnavalesco Juniel Dias, que conta sobre a real Contribuição da Raça Negra na Formação do Brasil.
A Raça negra é o Ouro Negro para a escola, eles são valiosos. A raça negra “que trazida para cá, a peso de ouro, construiu com o trabalho escravo o crescimento do nosso Brasil. E até hoje, essa mesma raça, o meu povo, ainda luta por dias melhores, dizendo não à exclusão social, cobrando nossos direitos, respeitos, reconhecimento na história do país, educação e saúde”, explica a sinopse do enredo.
Um destaque inicial para a escola é que a intérprete da escola é mulher. Júlia Castro traz o samba-enredo sobre a valorização do povo negro com muita maestria e força.
A Comissão de Frente de Fabiana Tavares, trouxe uma coreografia que conta a luta do povo negro e toda sua ancestralidade.
O primeiro casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Mariah Lotus e Pegasus, mostraram logo no início do desfile um sincronismo e samba no pé de impressionar. Com uma fantasia rica em detalhes e cores, o casal foi muito harmônico até o fim do desfile.
A Rainha de Bateria, Nayara Oliveira veio ao comando dos Mestres Jandão e Thiago, que foram responsáveis por uma bateria forte. Junto dela, o samba-enredo da escola veio limpo, claro e forte.
As alas vieram ricas nas fantasias mas faltou entusiasmo na maioria delas. Um ponto importante observado após diversos desfiles da segunda noite da Série Bronze, é que as primeiras alas da escola entram mais desanimadas, diferente das últimas, que cantam o samba com força e não param durante todo o desfile.
O último carro da escola veio em homenagem à duas grandes personalidades negras do país, Pelé e Glória Maria, que faleceram em dezembro e fevereiro, respectivamente.
Confira imagens do desfile:
Confira o samba-enredo da escola:
Bangay
Penúltima a desfilar na Nova Intendente, a Bangay foi criada em Bangu por integrantes da comunidade LGBTQIAP+, estreou como escola de samba no carnaval em 2022 e subiu para Série Ouro. A escola trouxe o enredo “Yabas – Grandes Rainhas Afro-Brasileiras” pensada e produzida por Sandra Andréa.
Yaba, significa Mãe Rainha, termo dado aos orixás femininos Iemanjá e Oxum, mas que no Brasil, é utilizado para definir todos os orixás femininos em geral. A escola traz então o termo para homenagear os Orixás femininos do Candomblé como Oxum, Oiá, Obá, Ieuá, Iemanja, Nanâ entre outras. Nesse contexto, a escola traz os orixás femininos para mostrar a força e o combate a intolerância religiosa que tem se intensificado no país contra as religiões de matriz africana.
A Comissão de Frente, coreografada por Fabio Figueira veio com muito sincronismo, cantando o samba-enredo da escola e com uma fantasia de muito capricho.
O primeiro casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira foram Diego Rammuz e Carol Bittencourt. A Rainha de Bateria foi Renata Sale, além do Rei de Bateria, Gianco K. Além deles, também tiveram Priscila Duarte e Otavio Sant’ana, como princesa e príncipe de bateria, ao comando da Mestre de Bateria Fernanda Martyns.
Todas as alas vieram com muita harmonia e com fantasias muito bem acabadas que coloriu toda a avenida. A grande quantidade de componentes também chamou atenção. A escola, recente no carnaval da Intendente, subiu ano passado e apresentou um forte desfile na segunda noite do desfile da Série Bronze, com ânimo, garra e grandes chances para chegar na Série Prata.
Confira imagens do desfile:
Confira o samba-enredo da escola:
Chatuba de Mesquita
Finalizando os desfiles das escola da Sério Bronze, a agremiação Chatuba de Mesquita entra na avenida com o enredo “Eis o malandro Dicró pela Lapa outra vez”, produzido pelo carnavalesco Matheus Rodrigues.
O enredo conta a história e homenageia Carlos Roberto de Oliveira, o famoso Dicró. Um dos maiores cantores de samba da história do Brasil, nasceu no primeiro dia do “Carnaval da Vistória”, em 1946. A escola trouxe em seu enredo “o cantor malandro e com muito humor retornando ao bairro mais boêmio da cidade do Rio de Janeiro, a Lapa, para brindar com seus ensinamentos, que durante sua trajetória terrestre cantou pelos palcos” enfatiza a sinopse.
A escola abre seu desfile já às 4 horas da manhã com muita animação. A Comissão de Frente, coreografada por Allan Carvalho, veio com muito samba no pé, das brigas até o “tudo termina em samba” foi representado muito bem pela comissão.
O primeiro casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira foi Anna Beatriz e Matheus Soli. A Rainha de Bateria foi Sol Morena e o Rei de Bateria, Fabiano Souza. Todos os componentes estavam muito animados e mostraram muito sincronismo, garra e harmonia pela avenida.
A homenagem à Dicró pela Lapa ficou muito bem representado pelas alegorias e alas.
Confira imagens do desfile:
Confira o samba-enredo da escola:
Dia 24 e 25 de fevereiro
Para fechar os desfiles no Rio, no dia 24 e 25 de fevereiro 32 escolas desfilarão pela Série Prata (16 na sexta-feira e 16 no sábado). Estas escolas, vão competir pela vaga na Série Ouro, grupo que desfila nos primeiros dias de desfile na Marquês de Sapucaí. Das 32 escolas, três irão subir para Série Ouro, a campeã de cada dia, além da escola com maior pontuação geral.
Rádio Bicuda FM arrebentou na divulgação e transmissão do carnaval 2023 na nova Intendente Magalhães!!