Jornalista, escritor, pesquisador e comentarista de carnaval, Fábio Fabato conta que sua paixão pela folia começou na infância
O Carnaval do Rio de Janeiro está se aproximando e neste ano o evento promete ser ainda mais marcante. De forma inédita, a festa vai acontecer neste mês de abril e depois de mais de dois anos de pandemia do COVID-19 no Brasil. Dentre várias personalidades importantes do universo carnavalesco, podemos citar Fábio Fabato.
Jornalista, escritor, antigo comentarista de carnaval da Rede Bandeirantes de Televisão e da Super Rádio Tupi, Fabato é o curador da série de livros Família do Carnaval, biografias em crônicas das principais agremiações cariocas. Mas não pára por aí. Ele alia a teoria à prática. Desfila desde 1996, já concorreu (sem ganhar) com sambas na sua Mocidade e na Porto da Pedra, e criou a coleção “Famílias do samba” (Editora NovaTerra). São quatro livros. Já saíram “As três irmãs — Como um trio de penetras arrombou a festa” (Beija-flor, Imperatriz e Mocidade) e “As titias da folia — O brilho maduro de escolas de samba de alta idade” (Vila Isabel, Unidos da Tijuca, Estácio e Viradouro). Em 2015, foi a vez de “As primas sapecas do carnaval — Escolas da alegria, irreverência e subversão” (União da Ilha, Caprichosos e São Clemente) e, em 2016, de “As matriarcas da festa do carnaval” (Império, Mangueira, Portela e Salgueiro).
Carioca e flamenguista de coração, o pesquisador é responsável pela idealização do enredo e sinopse de “Batuque ao Caçador” da escola Mocidade Independente de Padre Miguel. O tema é em alusão ao orixá da fartura e da caça, padroeiro da escola, e versará com a história de criação da identidade da bateria independente, retomando, em um espectro geral, a valorização das raízes da escola e de todas as referências que corroboram para construir a Mocidade que todos nós conhecemos hoje. Recentemente, ele concedeu com exclusividade uma breve entrevista à Rádio Bicuda FM na Marquês de Sapucaí e contou sobre o enredo:
Muitos não sabem, mas sua paixão pelo Carnaval não é de agora. O primeiro desfile de Fábio foi ainda na barriga da mãe, àquela altura com quase dois meses de gravidez. A professora Lêda Maria estreou na passarela junto com o marido, o engenheiro Antero Manuel, em 1982, no enredo “O velho Chico”, da Mocidade. Mais tarde Antero virou diretor de ala. Com apenas 4 anos de idade e morando na Rua Baronesa no bairro Praça Seca, no Rio de Janeiro, ele e sua irmã Lívia Torres, repórter da TV Globo, presenciaram várias cenas de seus pais que recebiam em seu apartamento amigos para curtir a alegria da melhor festa do ano. Ele lembra que naquela época, para apreciar o carnaval, as pessoas pagavam em carnês parcelados.
“Cresci ajudando a colar fantasias”
Diz Fábio, que editou a autobiografia de Fernando Pamplona
Na entrevista ele aproveitou para expressar sua alegria em viver esse momento após longos meses sem o carnaval por conta da Covid-19.
“Espero que toda a avenida fique ‘areretizada’ Que venha a sétima estrela! ”
Fabio Fabato conta em entrevista para Rádio Bicuda FM que aposta na sétima estrela da mocidade, sua escola do coração
Sem carnaval à quase dois anos, ele observa que o brasileiro está com uma “carência” da festa mais animada do ano, e diz que apesar de seu coração ser Mocidade, outras escolas como Viradouro, Beija-flor de Nilópolis, Vila Isabel e Grande Rio, estão entregando tudo no enredo e também prometem sacudir a Sapucaí.
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